O gato preto saltava, saltava e saltava, ele não queria descer dos grandes monumentos pois não queria ouvir dos humanos que era azarento ou ser apontado ou que desviassem dele.
O gato preto foi vivendo, enquanto lá de cima observava os humanos vivendo, se entristecendo com o passar do tempo o gato preto quis descer, ele queria parar de se importar em como os humanos o olhavam, e assim numa grande euforia de uma coragem que surgiu repentina, o gato preto desceu, caminhando pelas ruas, sendo desviado, observado e esculhambado, se manteve de queixo erguido, e de repente o cheiro de peixe forte numa feira que estava ali próxima o fez apressar o passo.
E assim, em frente a peixaria, admirando aqueles grandes peixes de várias cores e tipos, ele chorou, pois não sentia mais a vida, apenas suspirou e partiu depois da pedrada que um peixeiro te deu.
E avistando ao longe, o gato preto ouviu um barulho alto, de uma senhora gritando e chorando.
– Seus monstros, seus monstros! – E se aproximando, o gato preto viu uma senhora baixa com grandes verrugas, cabelo esvoaçante e boca com poucos dentes, gritando e chorando.
O gato preto apenas pensou “o quão burro um gato preto poderia ser para descer de tão alto”, e por instante sentiu algo que o fez arrepiar, uma vontade de viver sem igual.
E assim o gato preto perdeu sua 6ª vida.
Quantas forem necessárias…
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Antes fingíamos ser loucos pra não cansar da vida, hoje fingimos ser lúcidos num mundo onde todos estamos loucos. Elias
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