Eu estou escrevendo essa página de sobre meu primeiro livro publicado um tanto irritado, pois eu editei toda a página e escrevi um longo texto e quando fui atualizar tudo se perdeu, não sei ao certo o que fiz de errado, mas tudo se perdeu…
Sendo sincero eu tenho um pé atrás com a minha primeira obra, hoje falo abertamente sobre isso e as pessoas se incomodam por eu não gostar da obra que eu escrevi, publiquei e ela que me deu o reconhecimento que possuo hoje, mas vou explicar o porque me sinto assim pra vocês.
Arthur surgiu num momento muito ruim da minha vida, produzir esse livro me trazia muitos sentimentos ruins, e principalmente, lembranças que me faziam chorar enquanto eu escrevia. Ele é um livro que fala sobre meus traumas, minhas dores, de início um livro de terror, que tinha como objetivo contar as minhas histórias mais malucas de maneira triste, e contar essa história pra mim mesmo.
Nasce assim “O VALE DE PAPEL”, um livro nada alegre, nada simpático, com uma capa vermelha, e um símbolo preto no meio, as cores tinham como objetivo trazer uma estranheza e uma sensação de o que seria lido não seriam flores, e assim era.
Ok Arthur, mas como nasceu o Arthur que conhecemos hoje? Da minha mãe, eu sempre desenhava imagens tristes, personagens tristes, lugares melancólicos na infância, adolescência e no início da fase adulta, quando eu fiz os primeiros rascunhos do Arthur a minha mãe me disse “Por qual motivo você só desenha pessoas tristes?”. A pergunta da minha mãe intrigou a minha mente, eu não sei explicar o motivo, talvez eu nunca tivesse percebido que eu fazia isso, desenhar pessoas tristes, e assim decidi desenhar o Arthur que conhecem hoje, um garotinho cheio de imaginação e ligeiramente feliz, e isso afetou todo o livro, o reescrevi, apaguei as partes melancólicas demais, mudei como a escrita era dita, e assim nasceu “Arthur e o Vale de Papel”, o livro que me fez se apaixonar pela escrita, o livro que por uma pergunta da minha mãe nasceu.
Mas eu não gosto muito dessa obra, pois os sentimentos que ela me traz, o sentimento da história em si, não são agradáveis pra mim, mas isso que estou dizendo não impede que pessoas possam amar a obra, se identificar, verem como quiserem, isso é importante de se pensar, ninguém verá a minha obra como eu a vejo, foram inúmeras visitas em escolas, e ninguém nunca viu o lado sombrio que “Arthur e o Vale de Papel” teve na minha vida, a imagem de uma criança sorrindo em frente a um céu estrelado encantou tanto as pessoas, professoras de escolas, estudiosos e curiosos, e isso me faz sentir que não preciso ver esse meu livro como algo totalmente triste pra mim, mas algo que me proporcionou ser lido.
Quando publiquei Arthur eu amava recolher fotos das pessoas com a obra, e em algum momento eu não conseguia mais recolher, eram muitas pessoas, fotos se perderam, eu não consegui mais mandar mensagens para os leitores por conta das visitas que comecei a fazer em escolas, foi um sucesso, foi algo que eu nunca pensei que poderia acontecer.
Hoje estou escrevendo calmamente uma nova história que se baseia no “Vale de Papel”, uma história nova, escrita por esse novo eu que está realizado com a sua vida, que consegue sorrir e se alegrar, que tem sonhos, que casou e é feliz, que acredita que a vida é ora ser vivida.
Talvez não demore muito para conhecerem mais sobre o Vale de Papel…
© Arthur Macedo Correia Website Limited 2023
Antes fingíamos ser loucos pra não cansar da vida, hoje fingimos ser lúcidos num mundo onde todos estamos loucos. Elias
Arthur e o Vale de Papel Direitos de publicação © Arthur Macedo Correia
Giants s Gigantes de Armadura Direitos de publicação © Arthur Macedo Correia
O Castelo de Sofia Direitos de publicação © Arthur Macedo Correia