Nada que criamos é exatamente nosso, na verdade, organizamos inúmeras informações, amontoamos umas nas outras e colocamos num papel, ou como fazemos hoje, numa tela de computador e atribuímos aquilo como nosso. A mera capacidade humana de juntar informações pré-existentes e transformá-las em algo, que podemos chamar de novo.
Eu nunca havia escrito algo tão rápido como escrevi “O Castelo de Sofia”, os personagens tinham controle sobre a história e eu fui um mero expectador digitando letras pelo teclado, digitando todas as informações acumuladas na “alma”. Foram pouquíssimos meses produzindo, várias histórias que eu queria fazer foram se organizando nesse pequeno conto como uma só, eu queria escrever algo que mostrasse uma garota forte, orgulhosa de si mesma e de suas decisões, uma garota feliz.
Sofia sempre foi um nome que gostei muito, principalmente depois que descobri que o nome da minha mãe (Sonia) tinha relação em suas origens, eu iria escrever com PH, Sophia, mas acho que é mais comum no Brasil com F, então assim deixei, para que meninas ou meninos pudessem se identificar. Sofia é uma menina negra como vocês puderam acompanhar em toda a história, sua família também é negra e seu cabelo, ah seu cabelo, foi a coisa mais linda que todos os ilustradores representaram com muita maestria.
O livro estava pronto para ser publicado há dois anos (2020), no bolso não tinha dinheirinhas, e um tal presidente ajudou na crise de todas as editoras brasileiras, livrarias e do povo em geral e assim o livro ficou 68 engavetado. O tempo passou e aqui estamos nós novamente, mostrando ao mundo que podemos nos reerguer aos poucos.
E já que é pra se reerguer, decidi repensar sobre a publicação deste livro, Arthur e o Vale de Papel (minha primeira obra publicada em 2018) foi um livro que não possuía ilustrações, apenas na capa, que eu mesmo fiz, e decidi fazer algo nesse livro, e cada capítulo havia ficado com um pequeno desenho feito a lápis, mas eu ainda não estava satisfeito, não sei dizer quando, como ou onde, mas pensei em o porquê “O Castelo de Sofia” tinha que ser apenas meu? Apenas representar o que eu interpreto desse mundinho da Sofia?
E assim fui atrás de ilustradores, desenhistas, pintores que conheço da região onde moro, o que eles achavam de participar da obra, criando seus desenhos, e assim o livro foi ilustrado por inúmeras pessoas e foi assim que percebi que o que faltava nessa obra, eram outras pessoas, um conjunto de amor por algo único, que muito receberão um dia em suas mãos, como também uma homenagem a nossa cidade de Ibiúna, pequena, uma cidade pobre, de pobres que possuem garra, para levantar a cabeça todos os dias e acreditar num dia melhor (me incluo nessa estatística).
Sou imensamente grato por todos que aceitaram o convite para tornar destas páginas algo fantástico, onde será incalculável o que representa pra mim e o que gostaria que representasse para os outros que lerão.
Que possamos acreditar na esperança, de um mundo virado do avesso.
Ilustradores que participaram da obra
E Olá! Meu nome é Amanda Rocha, sou mineira mas moro em Ibiúna há vários anos. Quando criança eu passava um bom tempo olhando as artes nos quadros das casas que eu visitava, eu não entendia o porquê me encantavam tanto. Hoje eu entendo. Passei anos sem praticar desenho e em 2016 decidi fazer um curso, desde então, não me vejo fazendo outra coisa. Sou professora de desenho desde 2018 na mesma escola que comecei a aprender e sou ilustradora nas horas vagas. Faço ilustrações realistas e semi realistas na arte digital. Através da arte eu eternizo momentos especiais até mesmo aqueles que nunca aconteceram. Me encanta ver minha arte tocar e acalmar o coração das pessoas.
Meu nome é André Luiz de Oliveira e tenho 23 anos, sou artista desde que me conheço por gente, autodidata e assumidamente estranho, divido meu tempo entre fazer arte e consumir ficção científica e fantasia. Nasci em São Roque mas moro em Ibiúna desde sempre, meu estilo artístico costuma ser sombrio e fofo ao mesmo tempo. Acredito que a arte tem (em todas as suas formas mas especialmente na forma da ficção) o poder de nos tirar da realidade, de nos levar a novos mundos, tempos e corpos, além de nos mobilizar, construir afetos e produzir reflexão e mudança na nossa realidade.
Oi, eu sou a Cássia, mas todos me chamam de Kess. Sempre fui apaixonada por todas as formas de arte, e esta sempre esteve presente em minha vida de forma ativa e intensa. Tenho 18 anos e uma mente sonhadora de criança que busca a sabedoria de uma anciã. Hoje me vejo como escritora e desenhista amadora, que busca sempre a evolução e transmitir, além de sentimentos, uma história através da arte, para criar assim uma relação mais profunda com o espectador. Uma mente sonhadora combinada com uma criatividade infindável e um lápis na mão, é o segredo para dominar o mundo, ou também criar o seu próprio.
Meu nome é Isabela Almeida, mas, pode me chamar de Badot! Sou uma ilustradora e aquarelista tradicional graduada em Bacharelado no curso de Artes Visuais da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP, campus de Bauru. Nasci em São Roque em 1997, mas morei boa parte da minha vida em Ibiúna, interior de São Paulo. Desde a infância cultivei um grande interesse por desenhar e apreciar arte! Na faculdade através do contato com técnicas variadas pude conhecer melhor a aquarela e me apaixonar por todas as suas possibilidades como material artístico; lá também tive um contato maior com os livros ilustrados nascendo assim minha paixão em ilustrar obras infantojuvenis!
Opa, me Chamo Laís Martins, mais conhecida como Yoshee nas redes sociais. Tenho 17 anos, nasci em Itapetininga e cresci em Minas Gerais, mas atualmente moro no interior de São Paulo. Eu procuro deixar minhas obras expressivas, transmitir o que sinto por meio delas, quero despertar sensações em quem as vê. Amo incorporar plantas e paisagens naturais nos meus desenhos, usar cores quentes e experimentar coisas novas, posso dizer que estou sempre em busca de evoluir nessa minha paixão que é a arte!
Olá! Meu nome é Mayara Rigon. Sou desenhista e também professora de desenho! Nasci em Ibiúna no ano de 2001, uma cidade no interior de SP. Trabalho dando aulas na Ilustrar, uma escola artística em minha cidade. Por influência do meu pai, sempre fui uma criança que gostava muito de desenhar. Hábito que sempre foi uma forma de refúgio e terapia ao longo da minha vida. Apesar de ter contato com várias técnicas e estilos, minha preferência é aquarela, técnica que faço a maior parte dos meus trabalhos pessoais e encomendas.
O meu nome é Fábio Dantas, nasci em 1995, e vim de Mairinque. Me lembro, quando criança da primeira vez em que recebi um elogio de um desenho que fiz, e quando isso acontecia as pessoas se aproximavam de mim pra ver o que estava no papel, e quase sempre eram pokémons, eu amava aquele desenho. Percebi desde aquele momento, que mesmo não sendo muito bom com as palavras, era possível trazer várias pessoas pra perto de mim, e essas pessoas sempre vem curiosas para ver qual é a mensagem que está naquele papel. Hoje, trabalho como desenhista e designer gráfico para várias editoras do país. Eu produzo uma história em quadrinhos autoral chamada “Os Mestres do Destino”, onde mostro para o mundo um pouquinho do que minha mente pode imaginar. Quero deixar aqui um pedido. Mesmo que a vida coloque obstáculos na frente dos nossos sonhos, nunca devemos deixar de acreditar neles, porque eles só podem ser possíveis se continuarmos acreditando.
A importância do brincar infantil
Valéria Oliveira
Quantas vezes ao olharmos ao nosso redor e observarmos um objeto diferente nos perguntamos: “Quem imaginou isso?”. A aventura de Sofia em seu castelo nos mostra o poder da imaginação infantil em sua forma mais pura, nos mostra o quanto a curiosidade infantil é uma busca para compreender seu próprio mundo e o mundo que nos cerca. Ao ler para uma criança estamos fornecendo a ela a oportunidade de construir e aprimorar a invenção, imaginação em sua essência e junto disso, o brincar é uma interação que acontece de maneira natural, autêntica e em sua maioria espontânea, acontecendo livre de julgamentos. O brincar de todas as crianças é uma maneira segura que elas encontram para externalizarem seus medos, angustias, bem como, se mostra como uma tentativa da criança de elaborar e resolver seus conflitos internos. Brincar facilita o crescimento e é brincando que a criança descobre o que consegue e o que não consegue fazer, por isso é importante investir em brincadeiras, brinquedos e jogos que estimulam a criatividade e imaginação infantil. No castelo de Sofia somos cativados, encantados e guiados numa deliciosa aventura que nos diverte e ao seu final nos lembra do poder da imaginação e do por que todos nós amamos brincar. Porque brincar transforma o mundo!
Leitores
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Antes fingíamos ser loucos pra não cansar da vida, hoje fingimos ser lúcidos num mundo onde todos estamos loucos. Elias
Arthur e o Vale de Papel Direitos de publicação © Arthur Macedo Correia
Giants s Gigantes de Armadura Direitos de publicação © Arthur Macedo Correia
O Castelo de Sofia Direitos de publicação © Arthur Macedo Correia